O movimento do dólar nesta quinta-feira
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10/10/20252 min read


O movimento do dólar nesta quinta-feira
O dólar fechou em alta de 0,61%, cotado a R$ 5,3754, impulsionado pela aceleração da moeda norte-americana no exterior, especialmente frente ao iene e ao euro.
Essa alta veio após declarações da provável nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, que sinalizou uma maior influência do governo na política monetária japonesa — algo que o mercado leu como possível desvalorização do iene, fortalecendo o dólar globalmente.
No Brasil, a movimentação foi potencializada pela derrota do governo no Congresso na votação da MP 1303, que previa a taxação de aplicações financeiras. A queda da medida, com impacto fiscal estimado em R$ 14,8 bi em 2025, trouxe incertezas fiscais e pressão sobre o câmbio.
Entendendo o cenário global
O movimento cambial de hoje não foi isolado:
O índice do dólar (DXY) subiu 0,56%, indicando força global da moeda.
O iene japonês atingiu o menor valor em meses.
O euro também perdeu terreno.
O recado é claro: a política monetária e fiscal internacional ainda dita o ritmo das moedas emergentes, e o real — como outras moedas da América Latina — sofre com essa volatilidade.
O que isso significa para o investidor
Exportadores se beneficiam: empresas brasileiras que exportam em dólar (como commodities e agronegócio) tendem a ganhar com o câmbio mais alto.
Importadores sofrem: empresas dependentes de insumos importados têm custos maiores.
Renda fixa atrelada ao câmbio: investidores podem buscar alternativas como fundos cambiais, ETFs de dólar ou contratos futuros, que se valorizam com a alta da moeda.
Cuidado com decisões emocionais: a alta pontual pode não indicar uma tendência sustentada — o real ainda acumula queda de 13% no ano, mostrando força relativa em 2025.
Perspectiva para o mercado
A tendência de curto prazo dependerá de dois fatores:
Definição das novas medidas fiscais prometidas por Haddad, que podem aliviar o risco-Brasil se bem recebidas;
A política monetária internacional, especialmente se o Japão ou os EUA mudarem o tom de suas taxas de juros.
Caso o governo brasileiro apresente uma alternativa fiscal crível, o dólar pode recuar novamente para a faixa de R$ 5,25 – R$ 5,30.
Mas se o impasse continuar, a pressão pode levar a moeda para R$ 5,45 ou mais no curto prazo.
Conclusão
A alta do dólar nesta quinta-feira mostra como o mercado internacional e a política fiscal doméstica andam de mãos dadas.
Para o investidor, o segredo não é prever o futuro, mas entender o contexto e agir com estratégia.
Se você quer transformar notícias como essa em decisões de investimento lucrativas, a hora de se educar financeiramente é agora.
