Dólar cai no Brasil após encontro entre Lula e Trump aliviar tensões comerciais

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10/28/20252 min read

Moeda americana recua e Ibovespa reage com alta, impulsionado por otimismo diplomático

O dólar encerrou esta segunda-feira (27) em queda frente ao real, acompanhando o movimento de desvalorização global da moeda norte-americana e refletindo o tom positivo do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorrido no fim de semana, na Malásia.

A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,42%, cotada a R$ 5,3706, acumulando queda de 13,08% no ano. Já o contrato futuro de novembro recuou 0,27%, para R$ 5,3810, segundo dados da B3.

Diplomacia e confiança: o pano de fundo do movimento cambial

O encontro entre Lula e Trump foi considerado positivo pelo mercado financeiro, uma vez que reduziu a percepção de atritos comerciais entre os dois países.
Durante a reunião, Lula pediu a suspensão temporária da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, sinalizando a intenção de reabrir o diálogo comercial entre as nações.

“Trump garantiu que chegaremos a um acordo sobre comércio”, afirmou Lula após o encontro.

Embora o presidente norte-americano tenha adotado um tom mais cauteloso, reconheceu ter tido uma “boa reunião” com Lula, descrevendo-o como “um cara bastante enérgico”.

Efeito imediato no câmbio e no mercado de ações

Logo após a abertura dos mercados, o dólar chegou à mínima de R$ 5,3595 (-0,62%), mantendo-se em queda durante toda a sessão.
O Ibovespa, por sua vez, avançou 0,55%, aproximando-se dos 147 mil pontos, em meio a um ambiente de maior otimismo internacional e fluxo positivo de capital estrangeiro.

No exterior, o índice do dólar (DXY) — que mede a força da moeda americana frente a outras seis divisas — recuou 0,10%, a 98,82, refletindo o aumento da confiança dos investidores diante da possibilidade de avanços diplomáticos entre Estados Unidos e China.

Atuação do Banco Central e liquidez

O Banco Central do Brasil realizou duas operações simultâneas de US$ 1 bilhão cada, combinando venda de dólares à vista e compra via swap cambial reverso, em um movimento conhecido como “casadão”, com o objetivo de melhorar a liquidez sem alterar a exposição cambial.
Mais tarde, a autoridade monetária ainda rolou 49.000 contratos de swap tradicional com vencimento em novembro, garantindo previsibilidade e estabilidade no mercado de câmbio.

Tendência: dólar pode continuar em queda moderada no curto prazo

A combinação de avanço diplomático e cenário externo favorável reforça uma tendência de apreciação do real no curto prazo.
Com o mercado apostando em maior diálogo comercial entre Brasil e EUA, a pressão sobre o câmbio tende a permanecer contida, especialmente se o fluxo estrangeiro continuar positivo na B3.

No entanto, analistas alertam que o movimento ainda é frágil: qualquer reversão no humor internacional — especialmente nas negociações entre EUA e China — pode interromper a trajetória de queda do dólar.

Em síntese, o mercado de câmbio inicia a semana com otimismo moderado, mas a sustentabilidade desse cenário dependerá das próximas sinalizações concretas da política comercial de Trump e da coordenação diplomática do governo brasileiro.

Resumo de Mercado — 27/10/2025

  • 💵 Dólar à vista: R$ 5,3706 (-0,42%)

  • 📈 Ibovespa: +0,55%, próximo dos 147 mil pontos

  • 🌎 DXY: 98,82 (-0,10%)

  • 🏦 Intervenções do BC: US$ 2 bi em operações casadas + 49 mil swaps rolados